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Eu queria não ter este medo de me
arriscar. Não sei mais se foram minhas decepções que fizeram isso comigo ou se
é esse meu pensamento de que tudo dará errado que me faz não dar um passo
adiante. Apesar de me apegar, tenho a sensação de que farei algo fora de
órbita, algo do qual me arrependerei depois.
Talvez eu tivesse que ir a
encontros sem hora marcada, não me preocupar com a demora de uma resposta, não
julgar os sentimentos de alguém de forma precipitada e pensar menos antes de
agir.
Muitas vezes quero sair em busca da
minha felicidade, mas acabo não percebendo que ela pode estar bem ao meu lado.
Na verdade, apenas quero colocar o pé na estrada, deixar meus medos e
inseguranças para trás e não me sentir envergonhada pelo que sinto.
Se me sinto completa ao olhar o pôr
do sol, gostaria de que todas as minhas paixões fossem como aquelas cores
misturadas no horizonte. Diferente daquelas que só me fizeram ter o dia mais
cinza e sem graça de todos.
Mas não quero mais pensar somente
em paixões, pois quero viver minha vida sem me prender a alguém. Só não entendo
essa vontade repentina de querer ter alguém para dividir as horas do meu dia
sem ao menos conseguir concluir minhas tarefas diárias.
Eu quero beijos, sensações e
sorrisos diferentes. Mas ao mesmo tempo quero estabilidade e um abraço
confortável. Apenas não entendo essa minha confusão de pensamentos e essa minha
necessidade de mãos entrelaçadas.
Acho que eu só quero algumas
palavras de conforto, um ombro amigo e uma risada que espante todos os
pensamentos ruins que habitam minha mente. É que eu preciso do meu próprio pôr
do sol, mesmo que o dia fora da janela esteja nublado.
Na verdade, eu quero que as cores
do pôr do sol fiquem presentes no meu coração e de lá somente saiam para
colorir outras vidas ao meu redor. Eu sou, sim, essa confusão, mas ao mesmo
tempo sou a certeza de que tudo um dia será perfeito para mim. E bom, eu já sei
que estou vivendo os melhores pores do sol da minha vida.
Vanessa Esteves
[Escrito às 01:40 do dia 06 de junho
de 2015.]
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