Tenho vontade de atravessar a rua, deixar meus medos e inseguranças para trás. Quero me encontrar do outro lado da calçada, pular nas faixas brancas da travessia e não olhar para trás. Deixar o vento bater no meu rosto, levando para longe o perfume que passei de manhã. Bagunçar meu cabelo, tirando tudo que há de certo em mim. Sei que o cenário diferente trará a felicidade para meu coração.
Tantas escolhas desnecessárias para serem feitas em tão pouco tempo. A estrada, agora, se parece com um amigo distante que decidiu retornar à minha vida e fazer de mim a pessoa mais realizada do mundo. Não importa o meio de locomoção, tanto que prefiro seguir à pé e sentir nos meus pés o caminho que seguirei.
Podem haver bifurcações, obstáculos surpreendentes e cenários não tão amigáveis assim, mas somente com toda a bagagem que adquirirei durante esse processo de amadurecimento já é o suficiente. E quer saber? Não importa se eu chegarei ao destino que sempre desejei, mas sim as pessoas que conhecerei, os lugares que descobrirei e tudo que guardarei no lugar mais profundo da minha alma.
E por mais que pessoas digam que eu não chegarei lá, seguirei em frente mesmo assim. Porque descobri que atravessar ruas fazem parte da vida. Essa é a vida, o propósito real de estarmos aqui. Então me digam, qual seria o sentido de viver se não tivéssemos que seguir caminhos sem olhar para trás?
Vanessa Esteves
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