sábado, 31 de dezembro de 2016

366 dias em menos de três minutos


O ano está acabando. Os fogos de artifício preparados para serem soltos à beira-mar me dizem isso. Tantos obstáculos, tantas decepções, tantas surpresas e tantas conquistas. Trezentos e sessenta e cinco dias com seus altos e baixos. Como se não fossem suficientes, ainda vivemos mais um dia em um ano que não foi nada fácil para muita gente com quem conversei. 

Foram doze meses em que ficamos desgastados com tanta tragédia, falta de empatia, pessoas propagando o ódio, amizades sendo destruídas por pouca coisa, famílias não se reunindo mais, relacionamentos não tendo mais significado, guerras, crianças inocentes morrendo a cada segundo e tantas outras situações que só nos deixam para baixo e com vontade de terminar logo o ano que chega ao fim. 

Mas nem tudo são espinhos, pois tivemos momentos que foram como as mais belas flores de um jardim para nós. As conquistas que tivemos, as gargalhadas que demos, os abraços apertados que recebemos, os beijos com sentimento que nos fizeram suspirar, as festas às quais fomos com nossos amigos, os momentos de paz que sentimos, tudo isso fez parte do nosso ano e acredito que não cheguei nem na metade do que realmente aconteceu. 

Tudo bem, o ano pode até ter sido difícil para nós, porém precisamos parar de quase sempre enxergar o lado ruim da nossa vida. Fim do ano é um momento ótimo para fazermos retrospectivas, sim, entretanto é impensável deixarmos sempre o foco naquilo que não gostamos. Se bem que, para falar a verdade, já pensaram no que seria nosso ano se só houvesse momentos bons? A cada erro, um conhecimento. E a cada momento ruim, adquirimos uma experiência indispensável para os próximos dias, meses e anos. 

Porque a cada vinte e quatro horas que passam, somos uma nova pessoa. Evoluímos minuto por minuto e não teria a mínima graça neste mundo se continuássemos iguais a cada aprendizado que a vida nos proporciona. Por isso não devemos acreditar que nosso ano foi péssimo, pois daqui a algum tempo viveremos situações ainda mais incômodas do que as deste ano. E não digo isso da pior forma possível, mas, sim, querendo que a nossa positividade cresça cada vez mais e que não tenhamos medo de seguir em frente mesmo sabendo que os obstáculos ainda serão numerosos. O ano quem faz somos nós, independente de tudo de ruim que acontecer. Nós só precisamos aprender a tirar proveito disso. 

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2... agora tenho que ir, 2017 me espera para fazer dele um dos melhores anos da minha vida. Espero que você torne o seu inesquecível também. 

Vanessa Esteves

[Escrito às 20:58 do dia 23 de novembro de 2016.]

(Publicado na Revista Its, edição 135, dezembro de 2016.)

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