quarta-feira, 20 de abril de 2016

Mulheres, pelo direito de sermos


Minha avó, desde quando eu era criança e não entendia direito como era o mundo, dizia a mim e as minhas tias que nós não dependêssemos de homem nenhum pra ter nosso próprio dinheiro e nossa própria felicidade. Ela foi a primeira feminista que conheci, mesmo na época não sabendo o que era isso. 

A segunda mulher feminista que conheci foi minha mãe, e desta vez eu acompanhei de perto a sua luta para manter as contas em dia, os meus estudos pagos e nossos momentos de diversão garantidos, tudo isso sem a ajuda de qualquer homem.

Duas mulheres de duas gerações diferentes. Aprendi e aprendo muito com as duas, mesmo minha avó não estando mais entre nós. Duas mulheres que tiveram seus maridos, mas não dependeram deles para serem felizes e poderosas. 

Agora, no ponto em que eu queria chegar, aos machistas de plantão e à revista Veja, um recado: nós, mulheres, vamos ser felizes no lar, no bar, na balada, na rua, na igreja, na festa, na universidade, onde quisermos. E usaremos saias curtas, longas, shorts curtíssimos ou bermudas, calça jeans ou biquíni. E, como vocês podem perceber, não ficaremos caladas. Não aguentamos mais notícias publicadas e palavras proferidas tão século passado, tão retrógrado e tão machista. 

Pelo direito de sermos quem quisermos, pelo direito de sermos tratadas como seres humanos e pelo direito de não ficarmos caladas. Porque feminista é uma pessoa que acredita na igualdade política, social e econômica dos sexos.

Vanessa Esteves

[Escrito às 16:15 do dia 20 de abril de 2016.]

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