sábado, 12 de março de 2016

Vulnerável

(WeHeartIt)

A gente acaba quebrando a cara e deixando o coração ferido mais uma vez. É inevitável que as lágrimas caiam e aquela voz de alerta apareça dizendo “viu? Eu te avisei para não ser vulnerável a ninguém”. Mas acontece. Simplesmente acontece. 

Todos os dias, andando pela rua, assistindo a filmes em casa ou até mesmo acessando as redes sociais no quarto, eu sou atingida por sentimentos que emanam de outras pessoas. Sou do tipo que sorri ao ver um casal feliz, sabia? Fico do mesmo jeito quando vejo uma senhora de cabelo branquinho porque lembra a minha avó. E isso também acontece quando vejo crianças correndo pelo parque, cachorros brincando com seus donos, um homem caminhando feliz depois de um longo dia de trabalho.

Eu nunca precisei ser vulnerável a ninguém, eu sempre fui vulnerável a todo mundo. Deixo meu peito aberto a qualquer sensação boa e acolhedora, mesmo que ela aconteça por míseros segundos. Assim, qualquer felicidade por perto é também sentida por mim. Eu fico feliz com as alegrias dos outros, simples assim. 

Então não vejo problema em ser vulnerável aos outros. Eu sou assim e ninguém, nem eu mesma, pode mudar isso. É loucura imaginar que quebrarei a cara e remendarei o coração tantas outras vezes, porém a partir do momento em que eu vir tantos sorrisos ao meu redor nada mais terá importância. Eu terei o mundo, ou pelo menos parte dele, sorrindo para mim e deixando tudo mais leve. E é por isso que eu continuo acreditando no amor. Eu não preciso de um sentimento recíproco vindo de uma pessoa do sexo oposto, eu só preciso enxergar o amor nas pequenas coisas da vida. 

Vanessa Esteves

[Escrito às 02:41 do dia 12 de março de 2016.]

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