sábado, 4 de outubro de 2014

Resenha do livro "O Juiz de Paz da Roça" #UFSC2015

Depois de muito prometer e dos meus amigos pedirem, resolvi postar a resenha de um dos livros cobrados pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) como leitura obrigatória para o vestibular do final do ano. Espero poder ajudar de alguma forma e que vocês gostem <3. 

Apesar de conter três peças teatrais no livro, irei escrever apenas a resenha de "O Juiz de Paz da Roça", que é o cobrado no vestibular.


"O Juiz de Paz da Roça", com suas 41 páginas, foi publicado por Luís Carlos Martins Pena (que viveu entre os anos de 1815 e 1848) e fundou a comédia nacional. A história se passa na roça e começa com Maria Rosa conversando com Aninha, sua filha. Aninha pergunta se sua mãe já fez a jacuba (bebida ou pirão preparado com água, farinha de mandioca e cachaça) para seu pai e, quando Maria Rosa sai de cena, Aninha chama José, seu namorado secreto, e os dois combinam de se casarem na manhã seguinte e fugirem para a Corte, logo depois de o moço contar tudo de fantástico que encontrou por lá. O rapaz sai de cena e Aninha fica encantada com o que ele disse sobre a Corte. Manuel João, seu pai, entra em cena e Aninha sai para pedir que sua mãe traga a jacuba. Nisso, Manuel João pede ao negro que leve as enxadas para dentro e bote o café no sol. Maria Rosa chega com a comida, Manuel João diz à esposa que já é hora de Aninha se casar e os três jantam carne-seca, feijão e laranjas, comendo com a mão. Alguém bate à porta e Manuel João esconde os pratos na gaveta e lambe os dedos. É o Escrivão, que foi intimá-lo pelo Juiz de Paz a levar um recruta à cidade. Manuel João pergunta se não há outra pessoa para fazer o serviço, mas o Escrivão diz que se ele não for, será preso; nesse caso, ele aceita. Há ainda algumas cenas e logo depois entra Juiz de Paz preparando a audiência. Entra um negro com uma carta e cacho de bananas para o Juiz de Paz, e ele diz que é bom ter tal cargo na roça por ganhar presentes. Logo depois, o Escrivão bate à porta e os dois preparam a audiência, chamando os lavradores que estão esperando do lado de fora. Assim, desenrola-se a parte mais cômica da peça, em que o Escrivão lê os requerimentos, Juiz de Paz faz algumas perguntas, as personagens respondem e o Juiz de Paz faz o que bem entende, chegando até a não respeitar a Constituição. Depois de um tempo, Manuel João aparece para buscar o preso e tem de deixá-lo em sua casa durante a noite pois na roça não há cadeia. Quando chegam à casa de Manuel João, Aninha fica surpresa quando percebe que José é o preso que seu pai está encarregado de levar à cidade. Quando Maria Rosa e Manuel João saem de cena, Aninha pega a chave do quarto e abre a porta para conversar com José. Os dois resolvem se casar na mesma hora e saem à procura do vigário. Nisso, Maria Rosa vê que sua filha fugiu com o preso e chama Manuel João. Logo, Aninha e José retornam e ajoelham-se aos pés de Manuel João, dizem que se casaram por saberem que ele não daria o consentimento. Só que ao contrário do que imaginavam, Manuel João os aceita como casal, assim como Maria Rosa. Assim, Manuel João decide levar José ao Juiz de Paz pois ele casou-se e não pode mais ser soldado. Enquanto isso, o Escrivão questiona se o Juiz de Paz não se envergonha do que faz. Manuel João, Maria Rosa, Aninha e José vão até o Juiz de Paz, contam o que aconteceu e este os convida para festejar. Assim, a peça termina com todos cantando e dançando.


Como é dito no Prefácio por Vilma Arêas, "(...) as peças aqui apresentadas não devem ser lidas como um romance. A leitura tem de ser lenta e atenta ao jogo das personagens, pois o texto de teatro só se resolve na encenação, ou seja, trata-se de um texto cheio de buracos a ser completado no palco. (...)". Sendo assim, "Juiz de Paz da Roça" deve ser lido de forma diferente dos vários textos que lemos diariamente.


A peça foi escrita somente em um ato, então é super rápido de ler. Acho que em trinta minutos, no máximo.


As personagens têm suas características marcantes, mas não consegui imaginar uma aparência perfeita para cada uma, pois isso não é retratado na peça.


Ainda no final da edição que comprei, há questões de vestibular sobre as três peças teatrais do livro. Não fiz nenhuma das questões mas, pelo que vi, valem a pena serem feitas. 


Apesar de ser um livro curto e eu ter contado quase toda a história nessa resenha, foi um livro que me surpreendeu. Não imaginava que teria tantos momentos engraçados e que eu gostaria. Sempre bom saber que a Literatura Brasileira tem tantas obras boas. 

Então é isso. Ainda não sei se postarei resenha dos outros sete livros, então isso depende do que vocês acharam desta resenha e dos comentários que receberei. Por isso, peço que vocês comentem, falem comigo nas redes sociais ou até mandem e-mail dizendo o que acharam, hehe. Espero que tenham gostado. Até mais!

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